O que ensinamos de excelente
O que o Karate pode fazer por si.
O Shotokan Karate Do
Shotokan (松涛館?) é um dos estilos de Karate que surgiu dos ensinamentos ministrados pelo sensei Gichin Funakoshi e pelo seu filho, Yoshitaka Funakoshi. O reportório técnico do estilo foi baseado no estilo Shorin-ryu, mas, devido aos estudos empreendidos pelo filho do mestre e sua influência na organização, várias técnicas foram incorporadas e/ou modificadas, de modo a refletir o pretendido, que era o de valorizar mais o lado desportivo e físico como forma de promover o desenvolvimento pessoal e humano.
O estilo Shotokan caracteriza-se por posições de base baixas e fortes e grande capacidade para golpear o corpo inteiro.[8] As rotações sobre o calcanhar em posição baixa dão fluidez ao deslocamento e todo o movimento de ataque inicia-se com uma defesa. Este é um estilo em que as posições têm o centro de gravidade muito baixo, e em que técnicas como um “simples” soco direto são difíceis de dominar, porém quando a técnica é dominada, o seu poder ofensivo é impressionante.
A meta inicialmente traçada pelo mestre Gichin Funakoshi quando aceitou alunos no seu dojo de Shoto “Escola de prática” era fazer da arte marcial um contributo para a formação integral do ser humano, não podendo, portanto, ser confundido com uma prática puramente desportiva e ou competitiva. “Tradição é um conjunto de valores sociais que passam de geração à geração, de pai para filho, de mestre para discípulo, e que está relacionado diretamente com o crescimento, maturidade, e com o indivíduo universal.”
A famosa expressão do mestre Gichin Funakoshi – Karate ni sente nashi (空手に先手なし? No karate não existe atitude ofensiva) – define claramente o propósito anti-violência.
“ | Se o adversário é inferior a ti, então por que brigar? Se o adversário é superior a ti, então por que brigar? Se o adversário é igual a ti, compreenderá o que tu compreendes… então, não haverá luta. Honra não é orgulho, é consciência real do que se possui. |
” |
O verdadeiro valor do Karate não está em subjugar os outros pela força física. Nesta arte marcial não existe agressão, mas sim nobreza de espírito, domínio da agressividade, modéstia e perseverança. E, quando for necessário, fazer a coragem de enfrentar milhões de adversários vibrar no seu interior. É o espírito dos samurais.